quinta-feira, 6 de agosto de 2009

8º Encontro – 11/07 (8 horas)


Esse encontro foi atípico. Como não haveria outra data para realizá-lo, resolvemos fazê-lo sete dias após o último encontro. Isso foi de comum acordo entre as partes envolvidas visto que os professores não gostariam que as aulas acontecessem em seu recesso escolar ( 2ª quinzena de julho) pois haviam assumido outros compromissos.
Todas as turmas do GESTAR II em Língua Portuguesa estavam presentes. Aconteceu num sábado, de forma integral.

MANHÃ – (4 horas)
Inicialmente fizemos um caféda manhã com os cursistas, as duas formadoras e a coordenadora do Programa no Município que, numa breve fala, agradeceu a participação dos professores no Gestar e deu algumas informações sobre outros projetos/cursos em andamento no Município.Como forma de confraternização, cada formadora falou sobre a importância de estarmos juntos ali e entregou um bombom com os versos: “Vem, vamos embora/que esperar não é saber/quem sabe faz a hora/não espera acontecer” (Geraldo Vandré) enfatizando que nós, professores, somos sujeitos de nossas ações e qualquer mudança de atitude deve começar conosco.

Em seguida, todos reunidos, realizamos a OFICINA 10.
TP5 – Unidade 19 – Coesão textual
Unidade 20 – Relações lógicas no textoI- A Unidade 19 trata da COESÃO TEXTUAL que refere-se às relações de sentido que se estabelecem no interior do texto. Enquanto a coerência “combina” os textos com o seu exterior, com a situação sócio-comunicativa, com suas finalidades, com seu contexto, a coesão “combina” os textos no seu interior, através de elementos linguísticos que ligam as partes de maneira a formar um todo. Esses doisaspectos de construção textual – a coerência ea coesão – são responsáveis pela interpretação significativa e coerente de um texto. A Unidadetambém aponta dois tipos de coesão: referencial, constituída por termos linguísticos que remetem ao mesmo objeto, ou referente e sequencial que estabelece relações de encadeamento entre as partes do texto, produzindo a progressão temática.A Unidade 20 trata das relações lógicas do(no) texto. “Para que os “mundos” criados textualmente possam apresentar coerência, a partir de idéias ou informações, um texto também organiza essas idéias de forma lógica. Por isso, tanto a leitura quanto aprodução de um texto são orientadas por pistas a respeito de como organizar as informações veiculadas no texto. O leitor – ou produtor – atento procura por essas pistas juntocom as informações. Essas pistas marcam asrelações lógicas.” (TP5 p.181) Entre elas estão a temporalidade/identidade (por comparação)/negação e a implicação.
II- Apresentação dos “Avançando na prática”

Fizemos uma pausa para o almoço

TARDE – (4 horas)Continuação da OFICINA 10:
III- A proposta de atividade foi bem aceita pelos cursistas: propaganda de um produto usando a NEGATIVA. O interessante foi que os professores pensaram em objetos que faziam parte do universo do adolescente como espelho, celular.
Eis uma das atividades:

cursistas em atividade
IV- A avaliação da oficina foi positiva pois para os professores sempre se consegue tirar da oficina muita coisa produtiva para utilizarem suas aulas, mas, particularmente agora,pontuaram a falta de tempo como a maior dificuldade encontrada para uma melhor realização das atividades.
V- Aguardaremos as orientações da 2ª formação para os próximos encontros.
Após a oficina, fizemos a DINÂMICA da “chave e o cadeado” com dois objetivos: o primeiro para reforçar o tópico teórico da coerência sugerindo inclusive que essa atividade fosse feita com os seus alunos; segundo como forma de socialização do grupo, posto que ali encontravam-se professores de turmas variadas do GESTAR e o objetivo foi alcançado pois após a realização da dinâmica os cursistas sentiram-se mais próximos uns dos outros.
Agora, parecia que todos estavam preparados para uma AVALIAÇÃO dessa primeira etapa do GESTAR. Entregamos a folha de avaliação, os professores escreveram suas impressões, relatando-as também oralmente. Apenas algumas serão apresentadas, mas todos os professores, sem exceção, fizeram uma avaliação positiva da primeira etapa do GESTAR II em Língua Portuguesa no Município de São Gonçalo.

Terminamos essa primeira etapa com um LANCHE COLETIVO, animados para os próximos encontros apesar de todo o cansaço.
"SÓ DESPERTA PAIXÃO DE APRENDER, QUEM TEM PAIXÃO DE ENSINAR” CENTEC

Até a segunda etapa!

7º Encontro – 03/07 e 04/07 (4 horas)

TP5 – Unidade 17 – Estilística
Unidade 18 – Coerência textual

A OFICINA 9 também foi realizada integralmente aqui.

I- A Unidade 17 mostra-nos a noção de ESTILO no domínio da linguagem e o objetivo da Estilística, fazendo-nos compreender que estilo é o modo como falante constrói a sua fala e que existe um conjunto de recursos expressivos que pode ser utilizado na fala e na escrita para gerar um efeito de sentido.A Unidade 18 trabalha com a COERÊNCIA TEXTUAL que é a interligação harmoniosa entre as partes de um texto para garantir sua inteligibilidade, sua compreensão. Essa coerência melhor se dará quanto maior for o conhecimento de mundo do falante. “É pela coerência textual que se vê e se faz a diferença entre um amontoado de palavras e um texto” (TP5 – p.105)

II- Apresentação dos “Avançando na prática”Muitos professores escolheram a atividade da p.82 do TP em estudo por se tratar de uma atividade lúdica muito apreciada pelos alunos: o quebra-cabeça. Alguns professores, inclusive, disseram que aproveitaram a atividade para revisar aspectos gramaticais pois as avaliações bimestrais estavam próximas.Vejamos uma atividade realizada:





III- Para os cursistas, essa atividade foi excelente para fixar o estudo da coerência textual aliada à linguagem verbal e não- verbal e o efeito de sentido que essas linguagens trazem para o texto. Escolhemos trabalhar com diferentes propagandas como sugerido pelo Caderno do formador para tornar a análise mais rica e produtiva. Este trabalho ficou bem interessante:




IV- Nessa avaliação, os professores admitiram que o seu estudo teórico foi feito de maneira superficial porque o bimestre escolar está terminando e o número de atividades para realizar torna-se maior. Tudo foi um pouco corrido, inclusive a execução do “Avançando na prática”. Apesar disso, gostaram das atividades apresentadas nas Unidades e disseram que posteriormente trabalhariam essas atividades com seus alunos. Especificamente, nessa oficina, os professores levantaram uma questão: Como trabalhar qualitativamente com o TEXTO se na maioria das escolas do nosso Município não há uma biblioteca ativa? Foi feita, então, uma proposta: que os professores envolvidos no Programa fizessem um documento para apresentar à Secretaria de Educação pedindo a reativação das bibliotecas das Escolas Municipais, pois o fato é que, na maioria das escolas as salas existem, os livros existem (e são maravilhosos!) mas não há um funcionário capacitado para trabalhar em uma biblioteca. As “bibliotecas” são, na verdade, apenas um “depósito de livros” (palavras de uma cursista). A proposta foi aceita por unanimidade. Eis o documento que foi assinado por todos:


V- Estudamos a coerência textual. E a coesão textual? Há diferença entre esses dois termos? Discutiremos essa questão no próximo encontro.

PARA CASA: Estudo do TP5 (Unidades 19 e 20) com a realização de um “Avançando na prática”

6º Encontro – 19/06 e 20/06 (4 horas)

TP4 – Unidade 15 – Mergulho no texto
Unidade 16 – A produção textual – Crenças,teorias e fazeres

Realizamos, aqui, a OFICINA 8 de maneira integral.

I – Na Unidade 15 compreendemos que, devido à complexidade do ato de ler, nós, professores, precisamos nos preocupar em oferecer aos nossos alunos procedimentos de leitura no sentido de ajudá-los a desenvolver as habilidades de compreensão, formulando adequadamente as perguntas sobre o texto para que eles cheguem a uma análise mais pertinente das respostas obtidas; mostrando como chegar à estrutura do texto e por fim facilitar a consecução de um dos objetivos mais importantes da leitura: o ler para aprender.Na Unidade 16 a preocupação é com o ensino da escrita que deve ser entendido como prática comunicativa precisando ser desenvolvido de maneira processual através de atividades que valorizem a produção de significados.Achamos pertinente a análise do “Ampliando nossas referências” que trouxe o texto Por que meu aluno não lê? De Ângela Kleiman (TP4 – p.147/148). Através desse texto os professores confirmaram que, muitas vezes,a leitura em sala de aula não envolve PRAZER, por isso é uma atividade árdua. E nossa missão é mudar essa situação utilizando-nos de novas práticas no estudo do texto.Antes de passarmos para a etapa seguinte, lemos e fizemos uma apreciação de textos extras que justificavam vários níveis de leitura de um texto para ratificar a complexidade do ato de ler e que os conhecimentos prévios interferem na produção de significado de um texto.

II – Apresentação dos “Avançando na prática”Os professores apresentaram, nesse momento, atividades variadas como interpretação de texto, ordenação de parágrafos, diário, cartão-postal. Entre elas, está a atividade abaixo cujo objetivo era escrever um cartão-postal para um amigo:




III- A atividade proposta pelo TP foi bem aceita pelos cursistas principalmente porque seu tema PROFISSÕES é sempre bem discutido com os alunos. Em sua análise viram que teriam um material muito rico para trabalhar em sala com o envolvimento de vários gêneros textuais como a propaganda e a carta. Eis uma das atividades apresentadas:





IV – A avaliação da oficina pelos cursistas foi positiva. Eles continuam vendo nos TPs e AAAs uma gama de possibilidades de trabalho com os textos.

V – Perguntas feitas aos cursistas: Em que momento, no estudo da linguagem, falamos em ESTILO? Como tornar um texto coerente? Essas são algumas das questões as quais discutiremos no próximo encontro.

PARA CASA: Estudo do TP5 (Unidades 17 e 18) com a realização de um “Avançando na prática”.

5º Encontro – 05/06 e 06/06 (4 horas)

TP4 - Unidade 13 – Leitura, escrita e cultura
Unidade 14 – O processo de leitura

Nesse encontro, realizamos a OFICINA 7 integralmente.

I- Iniciamos com a leitura do texto extra “Alfabetização e letramento” de Maria da Graça Costa Val. Na discussão do texto percebemos ter ficado bem claro que a Alfabetização diz respeito à compreensão e ao domínio do chamado “código” escrito e Letramento pode ser definido como o processo de inserção e participação na cultura escrita, ou seja, com o letramento, é dada ao indivíduo a possibilidade de participação nas práticas sociais que envolvem a língua escrita. E como conclusão temos que uma ação pedagógica mais adequada e produtiva é aquela que contempla, de maneira articulada e simultânea,a alfabetização e o letramento.A leitura do texto acima foi de suma importância para entendermos melhor a Unidade 13 do TP em estudo que mostra que quando trabalhamos a leitura e a escrita a partir de uma perspectiva do letramento, temos em vista um processo de ensino-aprendizagem que busca as questões culturais, situações sócio-comunicativas variadas e a necessidade de interação entre o conhecimento trazido por cada aluno e o conhecimento novo apresentado na escola e em outros lugares em que aprendemos a ler o mundo. A Unidade 14 chama a atenção para a importância da consideração dos objetivos e dos conhecimentos prévios, em cada ato de ler. Nosso desafio, enquanto professores, na escola, é ajudar os alunos a terem necessidade de ler, buscar com eles as razões verdadeiramente pessoais para saber alguma coisa, ou viver determinada experiência, por meio da leitura.

II- Apresentação dos “Avançando na prática”.
Como nesse mês acontecem Festas Juninas nas escolas, os professores, de uma maneira geral, deram preferência ao tema FESTAS, sugerido nas atividades das p. 41 e 50. Eis algumas das atividades apresentadas:






III- A atividade consiste na interpretação de texto e formulação de perguntas de interpretação para as turmas de 3º e 4º ciclos do TEXTO: “Cidadezinha Qualquer” de Carlos Drummond de Andrade (TP4 – p.97). Eis uma das atividades apresentadas:


IV- A avaliação dessa oficina foi positiva, principalmente porque para os cursistas o estudo do tópico teórico LETRAMENTO ajudou-os a esclarecer algumas dúvidas que eles tinham a esse respeito para dessa maneira enriquecerem seus trabalhos em sala de aula.

V- O que você espera de um estudo que se intitula “Mergulho no texto”? Às vezes você se faz a pergunta: Por que meu aluno não lê?

PARA CASA: Estudo do TP4 (Unidades 15 e 16) com a realização de um “Avançando na prática”


4º Encontro – 22/05 e 23/05 (4 horas)


TP3 – Unidade 11 – Tipos textuais
Unidade 12 – A inter-relação entre gêneros e tipos textuais
Nesse encontro realizamos a OFICINA 6 também de maneira integral (TP3 – Unidades 11 e 12).Porém, antes de iniciarmos as etapas, fizemos a leitura e uma breve discussão do texto reflexivo “A maior bronca que já levei”. Concluímos, a partir da discussão, que devemos mostrar ao nosso aluno a importância do estudo em sua vida; que na nossa vida há futuro e devemos pensar nele com carinho e seriedade porque o estudo é um meio de conseguirmos ter um futuro melhor, com mais conforto e tranquilidade. Eis o texto:

A maior bronca que já levei

Tínhamos uma aula de Fisiologia na escola de medicina logo após a semana da Pátria. Como a maioria dos alunos havia viajado aproveitando o feriado prolongado, todos estavam ansiosos para contar as novidades aos colegas e a excitação era geral.Um velho professor entrou na sala e imediatamente percebeu que iria ter trabalho para conseguir silêncio. Com grande dose de paciência tentou começar a aula, mas você acha que minha turma correspondeu?Que nada. Com um certo constrangimento, o professor tornou a pedir silêncio educadamente. Não adiantou, ignoramos a solicitação e continuamos firmes na conversa. Foi aí que o velho professor perdeu a paciência e deu a maior bronca que eu já presenciei."Prestem atenção porque eu vou falar isso uma única vez", disse, levantando a voz e um silêncio carregado de culpa se instalou em toda a sala e o professor continuou."Desde que comecei a lecionar, isso já faz muito anos, descobri que nós professores, trabalhamos apenas 5% dosalunos de uma turma. Em todos esses anos observei que de cada cem alunos, apenas cinco são realmente aqueles que fazem alguma diferença no futuro; apenas cinco se tornam profissionais brilhantes e contribuem de forma significativa para melhorar a qualidade de vida das pessoas.Os outros 95% servem apenas para fazer volume; são medíocres e passam pela vida sem deixar nada de útil.O interessante é que esta percentagem vale para todo o mundo. Se vocês prestarem atenção notarão que de cem professores, apenas cinco são aqueles que fazem a diferença; de cem garçons, apenas cinco são excelentes; de cem motoristas de táxi, apenas cinco são verdadeiros profissionais; e podemos generalizar ainda mais: de cem pessoas, apenas cinco são verdadeiramente especiais.É uma pena muito grande não termos como separar estes 5% do resto, pois se isso fosse possível, eu deixaria apenas os alunos especiais nesta sala e colocaria os demais para fora, então teria o silêncio necessário para dar uma boa aula e dormiria tranquilo sabendo ter investido nos melhores.Mas, infelizmente não há como saber quais de vocês são estes alunos. Só o tempo é capaz de mostrar isso. Portanto, terei de me conformar e tentar dar uma aula para os alunos especiais, apesar da confusão que estará sendo feita pelo resto.Claro que cada um de vocês sempre pode escolher a qual grupo pertencerá. Obrigado pela atenção e vamos à aula de hoje.Nem preciso dizer o silêncio que ficou na sala e o nível de atenção que o professor conseguiu após aquele discurso. Aliás, a bronca tocou fundo em todos nós, pois minha turma teve um comportamento exemplar em todas as aulas de Fisiologia durante todo o semestre; afinal quem gostaria de espontaneamente ser classificado como fazendo parte do resto ?

Hoje não me lembro muita coisa das aulas de Fisiologia, mas a bronca do professor eu nunca mais esqueci.

Para mim, aquele professor foi um dos 5% que fizeram a diferença em minha vida. De fato, percebi que ele tinha razão e, desde então, tenho feito de tudo para ficar sempre no grupo dos 5%, mas, como ele disse, não há como saber se estamos indo bem ou não; só o tempo dirá a que grupo pertencemos.Contudo, uma coisa é certa: se não tentarmos ser especiais em tudo que fazemos, se não tentarmos fazer tudo o melhor possível, seguramente sobraremos na turma do resto."


I- Leitura dos textos do TP em estudo (p.97- Iniciando nossa conversa e 129 a 132- Ampliando nossas referências, com a realização das tarefas). Esse momento foi importante para aprofundar os tópicos teóricos apresentados nessas unidades que são, na sua essência, os Tipos textuais.Chegou-se à conclusão de que os tipos realizam-se dentro dos gêneros e são limitados: narração, descrição, injunção, predição, dissertação (exposição e argumentação) e que um texto apresenta sequências tipológicas, visto que dentro de um mesmo texto podemos ter partes narrativas, descritivas etc. E o que caracterizará o tipo é a predominância de uma delas.“Temos que reconhecer que há sequências de enunciados que se estruturam linguisticamente de acordo com uma certa forma de organizar as informações no pensamento. Essa construção mais formal, mais teórica, definida pela natureza lingüística de sua composição, chamada tipo textual, integra o plano composicional dos gêneros e , serve, muitas vezes, para caracterizá-los.Assim, um gênero compõe-se de várias sequências tipológicas diferentes, e as variadas sequências tipológicas que compõem um gênero também podem ser muito heterogêneas, mas estão sempre muito interligadas, pois prestam-se à finalidade da realização desse gêneroÉ por um complexo de propriedades comunicativas, estilísticas e composicionais que distinguimos um gênero do outro, não apenas por uma delas. É na dimensão composicional que podem ser focalizadas as sequências tipológicas.” (p. 163 – TP3).

II- Apresentação dos “Avançando na prática”
A atividade mais desenvolvida pelos professores com os seus alunos foi a da p.109: Um jogo cujo objetivo final era escrever um texto descrevendo um objeto de grande valor pessoal. O desafio era dar o maior número de informações possíveis, mas identificá-lo apenas na última linha do texto. Segundo os professores essa atividade foi dinâmica e muito prazerosa para os alunos.


III- Atividade A:
Fizemos as atividades da p.105 e a da p.156. Alguns professores sentiram um pouco de dificuldade em localizar as partes narrativas, descritivas etc. dos textos. Primeiramente porque confessaram que não houve tempo para um estudo mais aprofundado das Unidades em casa e também por comprovarem que existem textos com uma grande variedade de tipos em apenas poucas linhas e só uma avaliação mais atenta faz com que distingamos cada um deles.

Atividade B:
O texto foi lido em voz alta por um cursista. Os professores adoraram o texto do Jô Soares.
Formamos dois grupos:
1- enumerar argumentos para que o texto seja considerado um exercício de redação escolar. Argumentos utilizados: correções feitas no texto; linguagem própria de adolescente/criança: por causa dele, doidinho, mudava, chamava ele, pra.
2- Enumerar argumentos que mostrem não se tratar de um exercício escolar. Argumentos utilizados: conhecimento do assunto.
Conclusão:
Não é um exercício de redação escolar pois há críticas maduras, ironias, conhecimento do assunto e também pelo local de sua origem (suporte): revista de circulação nacional e renomado humorista.
Esse texto apóia sua ironia na intertextualidade de gêneros. Daí a importância da definição de gênero de acordo com a situação sócio-comunicativa que gerou o texto, apesar das marcas de escolaridade e infantilidade.

ATIVIDADE EXTRA

Aproveitando um maior envolvimento dos professores com os tópicos teóricos discutidos, fizemos uma atividade extra: RETEXTUALIZAÇÃO DE GÊNEROS ESCRITOS

Com a análise desses textos, pudemos perceber como um gênero se vale de outro para comunicar sua intencionalidade. É o que chamamos de intertextualidade entre gêneros (Estudo da Unidade 12 seção 3). Ou melhor, características de um gênero podem ser “transportadas”, podem “migrar” para outro para atender a uma finalidade comunicativa.
Luiz Antônio Marcuschi em seu livro Produção textual, análise de gêneros e compreensão da editora Parábola trata desse fenômeno utilizando a nomenclatura intergenericidade “hibridização ou mescla de gêneros em que um gênero assume a função de outro.”(p.165)

IV- Nesse momento, os professores fizeram um DESABAFO: a falta de tempo está dificultando um pouco a realização das tarefas – tanto de estudo quanto das atividades com os alunos. Um tanto previsível se levarmos em conta a jornada de trabalho dos professores hoje em dia. Inclusive, houve desistências iniciais por esse motivo; o bom é que a grande maioria resolveu continuar por perceber a importância do programa. Foi sugerido que os professores criassem um hábito de estudo e trabalho com o GESTAR para fazê-lo funcionar nas suas aulas. Esperamos uma melhor adaptação para os próximos encontros.

V- A pergunta foi: Qual a diferença entre Letramento e Alfabetização? A maioria já tinha algum conhecimento sobre o assunto mas ansiavam por maiores informações. Aguardem o próximo encontro! Esse será o nosso estudo.

PARA CASA: Estudo do TP 4 (Unidades 13 e 14) com a realização de um “Avançando na prática”